O Escotismo está organizado em Ramos, que se distinguem por programas e atividades diferentes para determinadas faixas etárias, dentro da mesma metodologia escoteira:
Ramo Lobinho (Crianças de 06,6 a 10,6 anos):
Especialmente concebido para atender às necessidades de desenvolvimento das crianças de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 6 e 10 anos, o programa educativo aplicado ao Ramo Lobinho concentra a sua ênfase no processo de socialização da criança, preparando-a para que, ao atingir a idade e as condições necessárias, prossiga a sua formação no ramo escoteiro.
O Lobismo é inspirado no "Livro da Jangal", de Rudyard Kipling, resumido em "Mowgli, o menino-lobo".
A seção do grupo escoteiro que congrega os lobinhos é denominada alcatéia (de Lobinhos, Lobinhas ou Mista). O chefe é chamado de Akelá pelas crianças e seus assistentes são chamados Baloo, Baguera, Kaa, Chill ou outros nomes constantes do "Livro da Jângal". A escolha dos nomes dos assistentes é feita em geral pelas crianças.
A Alcatéia é dividida em unidades denominadas Matilhas, cada uma com 4 a 6 crianças, as quais constituem as equipes de trabalho e de jogos, sem atingir contudo, o grau de estratificação e de desenvolvimento recomendado para o sistema de patrulhas, adotado nos ramos Escoteiro e Sênior.
Uma Alcatéia completa deve contar com 4 Matilhas. O lobo é o animal símbolo de todas as Matilhas, que se distinguem numa mesma Alcatéia pelas cores próprias dos lobos. A Matilha é liderada por um Lobinho ou Lobinha denominado Primo, auxiliado por outro denominado Segundo.
Os Primos e Segundos são designados pelo Akelá, mas cada Primo deve ser consultado antes da designação do seu Segundo.
Antes de completar 11 anos, o Lobinho deve deixar a Alcatéia e ser transferido para a Tropa do Ramo Escoteiro, em uma adequada cerimônia de passagem. Se o Grupo não possui essa espécie de seção, a criança deve ser encaminhada a outro Grupo que a possua.
Ramo Escoteiro (Jovens de 11 a 14 anos):
O programa educativo aplicado ao ramo escoteiro atende às necessidades de jovens de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 11 e 14 anos, e concentra sua ênfase no processo de criação e ampliação da autonomia. O programa é fundamentado na vida em equipe e no encontro com a natureza, sem se descuidar de outros aspectos relacionados com o desenvolvimento integral da personalidade.
A tropa é dividida em no máximo 4 patrulhas, que são equipes de 5 a 8 jovens, constituindo uma unidade básica permanente, autônoma e auto-suficiente para excursões, acampamentos, trabalhos, jogos, boas ações, atividades comunitárias e demais atividades escoteiras.
Cada patrulha tem como designativo um animal, uma estrela ou uma constelação. A patrulha tem o nome deste totem, e todos os seus membros devem conhecer detalhadamente suas principais características.
Os fatos marcantes da vida da patrulha devem ser indicados no bastão da bandeirola da patrulha.
A patrulha é dirigida por um dos seus integrantes, nomeado pelo chefe de seção para ser monitor, após consultar a opinião da patrulha e da Corte de Honra.
O monitor é um jovem que está desenvolvendo a sua capacidade de liderança. Como tal, é responsável pela administração, disciplina, treinamento, atividades e boa apresentação de sua patrulha.
O submonitor é um jovem selecionado pelo monitor com a aprovação do chefe de seção e da Corte de Honra para auxiliá-lo em todos os seus deveres e substituí-lo quando ausente. O submonitor é nomeado pelo chefe da seção.
Ramo Sênior (Jovens de 15 a 17 anos):
O programa educativo aplicado ao ramo sênior atende às necessidades de jovens de ambos os sexos na faixa etária compreendida entre 15 e 17 anos, e concentra sua ênfase no processo de autoconhecimento, aceitação e aprimoramento das características pessoais e auxiliando o jovem em seu desenvolvimento físico, intelectual, espiritual e social.
A tropa de seniores (rapazes) e guias (moças) é dividida em no máximo 4 patrulhas de 4 a 6 jovens, constituindo uma unidade básica permanente, autônoma e auto-suficiente para excursões, acampamentos, trabalhos, jogos, boas ações, atividades comunitárias e demais atividades escoteiras.
Cada patrulha de seniores ou de guias adota um nome característico, que pode ser o de acidente geográfico bem conhecido pela patrulha ou de uma tribo indígena nacional. É facultado às patrulhas que até 30 de abril de 1990 tenham adotado nome de um grande vulto ou personalidade histórica nacional, conservar o nome adotado.
Nos trabalhos e atividades que, por sua natureza, exijam interesses, habilidades ou conhecimentos especializados, as patrulhas poderão ceder lugar a equipes de trabalho, integradas por membros de diferentes patrulhas, cabendo a coordenação de cada equipe ao seu integrante melhor qualificado.
As demais características desse ramo são semelhantes ao ramo escoteiro.
Ramo Pioneiro (Jovens de 18 a 21 anos):
O pionerismo é uma fratenidade de ar livre e de serviço ao próximo para jovens adultos de ambos os sexos entre 18 e 21 anos incompletos.
O programa educativo aplicado ao ramo pioneiro concentra a sua ênfase no processo de integração do jovem ao mundo, previlegiando sobretudo o serviço à comunidade como expressão da cidadania, e auxiliando o jovem a por em prática os valores da Promessa e Lei Escoteira.
O lema pioneiro é Servir.
A seção do grupo escoteiro que congrega os integrantes do ramo pioneiro é chamado de clã, que poderá ser integrado por rapazes, por moças ou por jovens de ambos os sexos.
O clã é orientado por um mestre pioneiro e/ou uma mestre pioneira que podem ter um ou mais assistentes. O clã misto terá preferencialmente uma chefia mista. A Comissão Administrativa do Clã ou o Conselho do Clã é a autoridade para tratar de todos os assuntos internos de administração, finanças, disciplina e programação.
O Mestre Pioneiro detém o poder de veto, que deverá exercitar em casos excepcionais de forma a balizar as atividades dentro dos princípios do Escotismo.